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"Vou pintar o terror!": "Pois bem, veja então isso!"*1 *1 Este trabalho é um recorte da tese de doutorado de Paula Cristina Monteiro de Barros, do Laboratório de Psicopatologia Fundamental e Psicanálise, da Universidade Católica de Pernambuco, e foi apresentado no Colóquio Internacional sobre Metapsicologia da Perversão. Usos Sociais da Perversão, realizado no período de 26 a 28 de agosto de 2013, na Universidade Católica de Pernambuco, em parceria com a Université Catholique de l'Ouest, Angers, França.

"I'm gonna show you people!": "Just watch this!"

"Je vais peindre la terreur!": "Eh bien, vois donc ça!"

!"Voy a pintar el terror": !"Vea entonces esto!"

"Ich werde den Terror machen!": "Also gut, dann schau dir mal dies an!"

A errância do adolescente em situação de rua reflete uma segregação social perversa, marcada pela destituição simbólica e pela mutilação social. Em meio ao despedaçamento e ao desamparo, um adolescente enuncia e ameaça: "Vou pintar o terror!". Uma violência que ora se apresenta como um reflexo do organismo ora ancora-se num esboço de discurso endereçado ao Outro, numa tentativa de inscrição. Partimos de uma experiência clínico-institucional (Olinda, PE) e propomos situar, na radicalidade da violência, uma tentativa de enodamento entre o ato e o apelo ao Outro.

Adolescente em situação de rua; errância; endereçamento; ato


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