Neste artigo visamos solucionar o enigma dos intervalos lúcidos da Psicose maníaco-depressiva a partir de um estudo de caso atendido em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPSi). Defendemos que se pode sustentar uma experiência rigorosa do dispositivo analítico em instituição pública. Utilizamos a topologia lacaniana dos nós como método para a construção do caso. Postulamos que nos surtos os nós se rompem e depois se rearranjam entre os três registros — real, simbólico e imaginário — formando um nó não borromeano (nó de trevo) que possibilita uma estabilização do sujeito.
Psicose maníaco-depressiva; estrutura psicótica; topologia do nó borromeano; psicanálise em instituição pública