O texto apresenta algumas considerações sobre os distúrbios da oralidade no autismo, no viés da psicanálise, entrelaçando as questões da constituição do psiquismo infantil e a oralidade. Para enlaçar estas questões teóricas e clínicas dois casos são delineados no trabalho. As crianças retratadas apresentam funcionamento autistico onde a primazia oral apresenta-se e o surpreendente enigmático comparece no modo como a oralidade se revela, seja na voracidade ou na indiscriminação oral, instalando a boca exclusivamente no lugar de fenda, buraco que engloba tudo e não se satisfaz.
Infância; autismo; psicanálise; distúrbios da oralidade