Através do fragmento de um caso clínico, discute-se a automutilação (cutting), utilizando a literatura psicanalítica, que aponta para uma diminuição da tensão interna, uma vez que exterioriza e autentica uma dor interior, antes não simbolizável. Apoiando-se em Roussilon, Winnicott, Ferenczi e em Berlinck, examina-se o lugar do analista, enfatizando que estes atos só se tornam uma forma de comunicação se o ambiente os recepciona e os reconhece como tal, dando sustância a eles em sua resposta.
Automutilação; angústia; simbolização; lugar do analista