O estatuto ontológico dos transtornos mentais suscita um debate clássico entre perspectivas naturalistas e construcionistas sociais. Com instrumentais conceituais da filosofia da psiquiatria, argumenta--se que, apesar de aparentemente contrárias, posições naturalistas e construcionistas sociais recaem em uma dicotomia fato/valor. Como alternativa a essa polarização clássica, sugere-se uma posição normativista deflacionada, capaz de integrar descrições factuais e valores à psicopatologia.
Filosofia da psiquiatria; normativismo; naturalismo; construcionismo social