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Limites e possibilidades de interlocução entre o dialogismo bakhtiniano e a psicanálise*1 *1 Artigo inspirado pela tese de doutorado da primeira autora, de título: Singularidade e corpo: uma questão para a psicanálise, defendida em fevereiro de 2011 no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva da Universidade Federal de Pernambuco (Recife, PE, Br).

Limits and possibilities of an interlocution between Bakhtianian dialogism and psychoanalysis

Limites et possibilités d’interlocution entre le dialogisme bakhtinien et la psychanalyse

Límites y posibilidades de interlocución entre el dialogismo bajtiniano y el psicoanálisis

Grenzen und Möglichkeiten der Kommunikation zwischen Bakhtins Dialogismus und der Psychoanalyse

O presente artigo buscou - à luz do exercício de perscrutação de noções como singularidade, linguagem e alteridade - problematizar sobre a possibilidade de estabelecer “jogos de linguagem” e “semelhanças de família” entre os pressupostos bakhtinianos e lacanianos, bem como marcar as suas diferenças. Esta tentativa alicerça-se no reconhecimento de um princípio dialógico na psicanálise, desde sua teorização sobre a constituição do sujeito. Por outro lado, a leitura dos textos bakhtinianos, inspirado pela psicanálise, também perspectiva novos versionamentos da noção de consciência, para além da gramática do sujeito do controle e do racionalismo. Propõe-se que, se por um lado é problemático indicar uma “confluência” entre Bakhtin e Lacan, por outro, são as diferenças que podem iluminar e gerar novas metáforas entre as duas abordagens discutidas.

Palavras-chave:
Bakhtin; Lacan; singularidade; linguagem; alteridade


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