OBJETIVO: avaliar as possíveis diferenças nas dimensões transversais dos arcos dentários superiores e inferiores entre jovens com oclusão normal e má oclusão de Classe II, 1ª divisão. METODOLOGIA: foram avaliados 170 pares de modelos em gesso de jovens brasileiros leucodermas, com dentadura permanente, sendo 76 com oclusão normal (41 do gênero feminino e 35 do masculino) e média de idade de 13 anos e 6 meses e 94 com má oclusão de Classe II, 1ª divisão (58 do gênero feminino e 36 do masculino) e média de idade de 13 anos e 9 meses. Este grupo com má oclusão foi dividido em duas categorias: Classe II sem apinhamento e Classe II com apinhamento. Compararam-se as distâncias intercaninos, interprimeiros pré-molares e intermolares, em ambos os arcos dentários. RESULTADOS: em relação ao grupo com oclusão normal, os jovens do gênero masculino evidenciaram as seguintes diferenças estatisticamente significantes: 1) distância intercaninos inferiores maior para o grupo com Classe II sem apinhamento; 2) distância interprimeiros pré-molares superiores menor para o grupo com Classe II sem apinhamento e 3) distâncias interprimeiros pré-molares e intermolares, superiores e inferiores, menores para o grupo com Classe II com apinhamento. Por sua vez, o gênero feminino evidenciou: 1) distâncias interprimeiros pré-molares e intermolares superiores menores para o grupo com Classe II sem apinhamento e 2) distâncias interprimeiros pré-molares e intermolares, superiores e inferiores, menores para o grupo com Classe II com apinhamento. CONCLUSÃO: de um modo geral, os jovens com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, apresentaram uma tendência para deficiência transversal posterior dos arcos dentários, principalmente no grupo com apinhamento.
Má oclusão; Dimensões transversais; Oclusão dentária; Ortodontia