Em alternativa ao que tradicionalmente tem vindo a ser feito na área da avaliação do desempenho de gestores de carteiras de investimentos, alguns autores propuseram novas abordagens no sentido de se obterem medidas de performance, recorrendo à informação contida na composição dessas carteiras. Muito recentemente foram sugeridas novas metodologias que, para além de utilizarem como inputs a composição dos fundos a avaliar, não utilizam nenhum índice de mercado como carteira padrão, evitando desta forma a questão, largamente debatida e criticada na literatura, dos possíveis enviezamentos causados pela utilização de benchmarks ineficientes. Neste contexto, e com base numa amostra de seis fundos de investimento mobiliário para o mercado português, procedemos a um estudo na base da metodologia proposta por Grinblatt e Titman (1993). Os resultados indicam que os fundos obtiveram retornos globais positivos. Para os subperíodos estudados, a evidência empírica indica que os mesmos gestores parecem alcançar uma melhor performance quando o mercado accionista sofre variações negativas, o mesmo não se verificando quando este mercado varia positivamente e de forma acentuada.
avaliação do desempenho de carteiras de investimentos; gestão de carteiras de investimentos