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Destinação de riqueza aos acionistas e aos empregados: comparação entre empresas estatais e privadas

Diversos estudos empíricos, motivados sobretudo pela suposta ineficiência que se atribui às entidades estatais, foram realizados com o objetivo de investigar o efeito da natureza do controle acionário - estatal e privado - sobre o desempenho das firmas. Mas poucos abordaram o efeito desta variável na contribuição da empresa à sociedade em termos de distribuição de riqueza, objeto do presente artigo. Partindo da premissa de que empresas que compõem um mesmo setor oferecem produtos afins e estão expostas a influências externas semelhantes, este estudo busca testar a hipótese de que, no período entre 1998 e 2002, a estrutura de distribuição de renda aos empregados e acionistas das empresas do setor de serviços públicos pode diferir em função da influência do controle acionário, com base nos testes de Mann-Whitney e Kruskall-Wallis. Além disso, buscou-se considerar nessa análise o efeito do porte das empresas, pela técnica multivariada Cluster Analysis. As variáveis analisadas foram extraídas da Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Os resultados dos testes efetuados sugerem que as entidades privadas destinaram menor parcela da riqueza gerada aos empregados que as estatais, embora não tenham sido encontrados indícios de que remunerem mais os acionistas, diferindo de alguns estudos assemelhados.

valor adicionado; performance econômica; controle acionário


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