O presente trabalho tem como objetivo descrever e analisar as mudanças ocorridas na configuração estrutural das redes de co-autorias entre professores vinculados a Programas Brasileiros de Pós-Graduação (stricto sensu) em Administração e formular proposições, com base na teoria institucional, a respeito das prováveis respostas estratégicas de tais programas à avaliação da Capes. Adotou-se um recorte longitudinal que abrange um período de seis anos, subdivididos em dois triênios: 2001-2003 e 2004-2006. A população pesquisada compreendeu 32 programas de pós-graduação, que foram avaliados pela Capes em 2001, assim como seus 703 pesquisadores identificados. Os dados foram coletados tendo como base o curriculum Lattes dos professores atuantes naqueles programas e foram analisados por meio de rotinas disponibilizadas pelos softwares Ucinet 6.0 e Pajek 1.10. Os resultados apontam aumento na cooperação de co-autoria de um triênio para outro, o que parece indicar aumento da aquiescência dos programas em relação às exigências do órgão de avaliação. As interações tanto podem rejeitar como reforçar pressões institucionais coercitivas e normativas advindas da Capes, quanto à definição das normas que orientam a avaliação trienal dos programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil.
respostas estratégicas; teoria institucional; redes de co-autorias; pós-graduação; avaliação da Capes