A repatriação é um processo de importância estratégica para as organizações internacionalizadas e a gestão desses executivos requer políticas e práticas inovadoras, dada a complexidade dos desafios que enfrentam em suas carreiras internacionais. A pesquisa sobre o tema tem sido realizada, em geral, com os repatriados, sendo poucos os estudos conduzidos com as organizações e nenhuma no contexto brasileiro. Este artigo pretende ser uma contribuição sobre o tema, ao apresentar uma pesquisa que teve por objetivo investigar e analisar as políticas e práticas adotadas por 20 multinacionais, brasileiras e estrangeiras, instaladas no Brasil, quanto ao processo de repatriação de executivos brasileiros na perspectiva da organização, representada pelo responsável pelo processo de expatriação e repatriação. Os resultados mostram que as políticas e práticas adotadas são mais voltadas a oferecer apoio operacional do que direcionadas a um plano estratégico de aproveitamento de competências e experiências. Ademais, a permanência do repatriado na empresa e a adaptação do repatriado e da família ao país, à vida social e familiar, parecem depender mais do esforço pessoal dos repatriados e familiares e do próprio mercado de trabalho do país, do que das práticas organizacionais.
gestão internacional de recursos humanos; políticas e práticas de recursos humanos para repatriados; repatriação; expatriação; gestão de pessoas