Enquanto AEs e IEs dão apoio ao desenvolvimento das EBTs em seu ciclo inicial de desenvolvimento, os PTecs dão suporte às EBTs em um nível mais avançado de desenvolvimento. |
Este achado possui ampla sintonia com a literatura (Bruneel et al., 2012Bruneel, J., Ratinho, T., Clarysse, B., & Groen, A. (2012). The evolution of business incubators: Comparing demand and supply of business incubation services across different incubator generations. Technovation, 32(2), 110-121. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2011.11.003
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
; M. A. O. Silva et al., 2009Silva, M. A. O., Gomes, L. F. A., & Correia, M. F. (2009). Cultura e orientação empreendedora: Uma pesquisa comparativa entre empreendedores em incubadoras no Brasil e em Portugal. Revista de Administração Contemporânea, 13(1), 57-71. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/rac/v13n1/a05v13n1.pdf. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552009000100005
http://www.scielo.br/pdf/rac/v13n1/a05v1...
; Mian et al., 2016Mian, S., Lamine, W., & Fayolle, A. (2016). Technology business incubation: On overview of the state of knowledge. Technovation, 50-51, 1-12. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2016.02.005
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
; Pauwels et al., 2016Pauwels, C., Clarysse, B., Wight, M., & Hove, J. van (2016). Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, 50-51, 13-26. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2015.09.003
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
; Rubin et al., 2015Rubin, T. H., Aas, T. H., & Stead, A. (2015). Knowledege flow in technological business incubators: Evidence from Australia and Israel. Technovation, 41-42, 11-24. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2015.03.002
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
; Soetanto & Jack, 2013Soetanto, D. P., & Jack, S. L. (2013). Business incubators and the networks of technology-based firms. Journal of Technology Transfer, 38(4), 432-453. http://dx.doi.org/10.1007/s10961-011-9237-4
http://dx.doi.org/10.1007/s10961-011-923...
). |
Nas AEs o provimento de serviço às EBTs é feito em troca de uma parcela de seu capital. |
Esta situação está de acordo com estudos de Pauwels et al. (2016)Pauwels, C., Clarysse, B., Wight, M., & Hove, J. van (2016). Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, 50-51, 13-26. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2015.09.003
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e S. E. Silva e Reis (2015)Silva, S. E., & Reis, L. P. (2015). O processo de estruturação de recursos no contexto de uma empresa de base tecnológica de origem acadêmica (EBTA). Revista de Administração e Inovação, 12(2), 153-179. http://dx.doi.org/10.11606/rai.v12i2.100337
http://dx.doi.org/10.11606/rai.v12i2.100...
. |
Foi verificado um papel mais ativo das AEs do que IEs e PTecs no desenvolvimento das EBTs. Este papel se manifesta em aspetos como maior proatividade na busca de investidores para as EBTs e em um nível mais intenso de suporte no desenvolvimento do negócio. |
Esta situação encontra suporte em diversos autores (Malek et al., 2014Malek, K., Maine, E., & McCarthy, I. P. (2014). A typology of clean technology commercialization accelerators. Journal of Engineering and Technology Management, 32, 26-39. http://dx.doi.org/10.1016/j.jengtecman.2013.10.006
http://dx.doi.org/10.1016/j.jengtecman.2...
; Mian et al., 2016Mian, S., Lamine, W., & Fayolle, A. (2016). Technology business incubation: On overview of the state of knowledge. Technovation, 50-51, 1-12. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2016.02.005
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; Pauwels et al., 2016Pauwels, C., Clarysse, B., Wight, M., & Hove, J. van (2016). Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, 50-51, 13-26. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2015.09.003
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
). |
Por seu turno, cabe aos PTecs apoiarem o desenvolvimento de EBTs em um estágio de desenvolvimento mais maduro. |
Este resultado encontra suporte em Bigliardi, Dormio, Nosella e Petroni (2006)Bigliardi, B., Dormio, A. I., Nosella, A., & Petroni, G. (2006). Assessing science parks’s performance: directions from selected Italian case studies. Technovation, 26(4), 489-505. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2005.01.002
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
. |
Os ASIs oferecem as seguintes categorias de serviços às EBTs que hospedam: (a) – a oferta de estrutura física e serviços básicos; (a) – a oferta de serviços gerenciais complementares;(c) – a aculturação; (d) – o acesso a redes de relações sociais. |
Este resultado corrobora Carayannis e Zedtwitz (2005)Carayannis, E. G., & Zedtwitz, M. (2005). Architecting gloCal (global-local), real-virtual incubator networks (G=RVINs) as catalysts and acclerators of entrepreneuship in transitioning and developing economies: Lessons learned and best practices from current development and business incubation practices. Technovation, 25(2), 95-110. http://dx.doi.org/10.1016/S0166-4972(03)00072-5
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, cujos construtos nortearam o desenvolvimento deste artigo. |
Todavia, o nível de suporte nestes aspectos dependerá do nível de desenvolvimento individual do ASI, e da categoria à qual pertence (AE, IE ou PTec), como será melhor explicado a seguir. |
|
Todos os ASIs oferecem às EBTs que hospedam uma série de serviços básicos, tais como infraestrutura de comunicação e de instalação, não sendo observada diferença neste quesito entre os tipos de ASIs pesquisados. |
Este resultado corrobora diversos estudos da literatura (Bollingtoft, 2012Bollingtoft, A. (2012). The bottom-up business incubator: Leverage to networking and cooperation practices in a self-generated, entrepreneurial-enable environment. Technovation, 32(5), 304-315. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2011.11.005
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; Chan & Lau, 2005Chan, K. F., & Lau, T. (2005). Assessing technology incubator programs in the science park: The good, the bad and the ugly. Technovation, 25(10), 1215-1228. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2004.03.010
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; Iacono et al., 2011Iacono, A., Almeida, C. A. S. de, & Nagano, M. S. (2011). Interação e cooperação de empresas incubadas de base tecnológica: Uma análise diante do novo paradigma da inovação. Revista de Administração Pública, 45(5), 1485-1516. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122011000500011
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; J.M. Silva et al., 2012Silva, J. M. da, Silva, C. E. S. da, Batista, G. D. M., & Bittencourt, M. P. (2012). Impacto das funções desempenhadas pelos gerentes nos resultados da incubadora: Survey realizada na rede mineira de inovação. Produção, 22(4), 718-733. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132011005000067
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; Raupp & Beuren, 2011Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2011). Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. Revista Eletrônica de Administração, 17(2), 330-359. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/read/v17n2/02.pdf. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-23112011000200002
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; Vanderstraeten & Matthyssensens, 2012Vanderstraeten, J., & Mathyssens, P. (2012). Service-based differentiation strategies for business incubators: Exploring external and internal alignment. Technovation, 32(12), 656-670. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2012.09.002
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
). |
Foi observado que AEs e IEs oferecem uma gama maior de serviços complementares às EBTs do que os PTecs. |
Este resultado corrobora a literatura (Carayannis & Zedtwitz, 2005Carayannis, E. G., & Zedtwitz, M. (2005). Architecting gloCal (global-local), real-virtual incubator networks (G=RVINs) as catalysts and acclerators of entrepreneuship in transitioning and developing economies: Lessons learned and best practices from current development and business incubation practices. Technovation, 25(2), 95-110. http://dx.doi.org/10.1016/S0166-4972(03)00072-5
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; McAdam & McAdam, 2008McAdam, M., & McAdam, R. (2008). High tech start-ups in university science parks incubators: The relationship between the star-up’s lifecycle progression and use of the incubator’s resources. Technovation, 28(5), 277-290. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2007.07.012
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
; Raupp & Beuren, 2011Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2011). Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. Revista Eletrônica de Administração, 17(2), 330-359. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/read/v17n2/02.pdf. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-23112011000200002
http://www.scielo.br/pdf/read/v17n2/02.p...
; Ribeiro et al., 2012Ribeiro, F. F., Oliveira, M. M., Jr., & Borini, F. M. (2012). Internacionalização acelerada de empresas de base tecnológica: O caso das Born Globals brasileiras. Revista de Administração Contemporânea, 16(6), 866-888. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/rac/v16n6/a07v16n6.pdf. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552012000600007
http://www.scielo.br/pdf/rac/v16n6/a07v1...
). |
As AEs e IEs apoiam o desenvolvimento de EBTs nos seguintes aspectos: cessão do espaço físico e infraestrutura, formação gerencial, auxílio na concepção do produto, formação do capital social e captação de recursos. |
Este resultado encontra amplo suporte na literatura (Audretsch et al., 2016Audretsch, D. B., Lehmann, E. E., Paleari, S., & Vismara, S. (2016). Entrepreneurial finance and technology transfer. Journal of Technology Transfer, 41(1), 1-9. https://doi.org/10.1007/s10961-014-9381-8
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; Iacono et al., 2011Iacono, A., Almeida, C. A. S. de, & Nagano, M. S. (2011). Interação e cooperação de empresas incubadas de base tecnológica: Uma análise diante do novo paradigma da inovação. Revista de Administração Pública, 45(5), 1485-1516. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122011000500011
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-76122011...
; Pauwels et al., 2016Pauwels, C., Clarysse, B., Wight, M., & Hove, J. van (2016). Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, 50-51, 13-26. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2015.09.003
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
; Rubin et al., 2015Rubin, T. H., Aas, T. H., & Stead, A. (2015). Knowledege flow in technological business incubators: Evidence from Australia and Israel. Technovation, 41-42, 11-24. http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation.2015.03.002
http://dx.doi.org/10.1016/j.technovation...
). |
Embora AEs e IEs ofereçam, em média, mais serviços complementares às EBTs que hospedam do que os PTecs, foi observado que a gama de serviços ofertados varia de AE e IE individualmente. Esta situação indica que existem diferentes níveis de desenvolvimento entre estes agentes. |
Este resultado parece trazer um aprimoramento à literatura, uma vez que não foram encontrados, na literatura analisada, resultados semelhantes. |