Estudo elaborado com o objetivo de avaliar se o sobrepeso, a adiposidade e a distribuição de gordura seriam fatores explicativos para a associação entre o crescimento e o aumento de pressão arterial. Uma amostra probabilística dos adolescentes do município do Rio de Janeiro foi obtida com base em 2040 domicílios. Foram estimados 857 adolescentes de 12 a 19 anos, 86% participaram da pesquisa (646 adolescentes), sendo avaliados 646 adolescentes, em relação às medidas de pressão arterial sistólica e diastólica, peso, altura, dobras cutâneas triciptal e subescapular, circunferências de braço, cintura e quadril. Os meninos apresentaram maior prevalência de sobrepeso (22,9 ± 2,3) quando comparados com as meninas (12,5 ± 1,9), considerando o percentil 90 do Índice de Massa Corporal (IMC-Kg/m²) da população brasileira, bem como maior prevalência de hipertensão arterial, considerando o percentil 95 da população americana. As variáveis antropométricas correlacionaram-se mais com a pressão arterial sistólica do que com a diastólica, em ambos os sexos. A área de gordura braquial permaneceu significativamente correlacionada com a pressão arterial, após o ajuste pela idade, pelo IMC e pela área muscular do braço (p<0,05). Os resultados encontrados sugerem que o controle de peso em idades precoces possa ter impacto sobre a prevalência de hipertensão arterial.
Inquéritos; Adolescência; Pressão arterial; Índice de massa corporal; Obesidade; Antropometria