O aumento da importância da mortalidade do adulto tem sido acompanhado de uma grande produção científica sobre o tema nos países centrais. Nestes estudos, as desigualdades sociais têm sido avaliadas. Nos países periféricos, apesar de também se observar o crescimento da sua importância, têm sido realizados poucos estudos, em especial no que se refere às desigualdades sociais na sua geração e distribuição. Este trabalho tem como objetivo a análise das desigualdades sociais na mortalidade do adulto no município de São Paulo, buscando-se a apreensão dessa desigualdade pelo estudo dos diferenciais no espaço urbano. Este é analisado pela definição e delimitação de áreas socioambientais homogêneas. Nos resultados observa-se distribuição desigual na mortalidade do adulto no município de São Paulo, constatada nos diferentes indicadores analisados e para a maioria das causas de morte analisadas, geralmente em prejuízo das populações vivendo em áreas de piores condições socioambientais. O padrão da mortalidade do adulto, no Município de São Paulo, mostra forte participação de doenças crônicas não transmissíveis e das decorrentes de violências. São discutidas algumas dimensões de determinação dos perfis encontrados ressaltando as distribuições diferenciadas dos fatores de risco, do acesso à assistência à saúde, da exposição a riscos no ambiente urbano e das condições econômicas e sociais da população.
Mortalidade; Adulto; Fatores socioeconômicos; Iniqüidade social; Distribuição espacial