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Desigualdades sociais e homicídios na cidade de São Paulo, 1998

Homicide and social inequalities in the city of São Paulo, 1998

Este estudo teve como objetivo identificar os padrões de ocorrência dos homicídios quanto a características dos agressores, das vítimas e das circunstâncias que motivaram a agressão, segundo estratos de condições de vida. As condições de vida foram avaliadas pela escolaridade, renda e condições de habitação. Os distritos administrativos da cidade foram agrupados através de análise de cluster formando cinco estratos. Amostras casuais simples de 100 óbitos por homicídios foram obtidas para cada estrato. Atestado de óbito, boletim de ocorrência e inquérito policial foram utilizados como fontes de dados. No estrato A foram mais comuns os homicídios associados a assaltos, enquanto nos estratos B, C e D predominaram os homicídios relacionados ao tráfico de drogas e a outras atividades ilegais. No estrato E, a maioria dos casos estudados estava relacionada com brigas e desavenças entre indivíduos. Vítimas e os agressores foram predominantemente indivíduos do sexo masculino, jovens, brancos ou pardos, com baixa escolaridade, nascidos em São Paulo ou em Estados do Nordeste, com ocupação no setor terciário ou desempregados. Há maior freqüência relativa de homicídios de mulheres no estrato A. Neste estrato, a maioria das vítimas não conhece os agressores, enquanto nos outros estratos, predomina o conhecimento entre vítima e agressor envolvendo parentes, amigos ou conhecidos.

Homicídio; Violência; Desigualdades sociais; Condições sociais


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