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Realidades do controle da hanseníase: atualizando cenários

Face às sucessivas dificuldades terapêuticas para o controle da hanseníase, a aplicação da poliquimioterapia nas últimas décadas fez surgir a expectativa de cura dos doentes e eliminação da doença como problema de Saúde Pública. Progressivamente obteve-se redução da prevalência, porém sem aparente impacto sobre a transmissão, o que vem levando, reconhecidamente, à necessidade de sólidas avaliações de respectivas evidências epidemiológicas como subsídio para intervenções resolutivas. Nesse sentido, apresenta-se estudo quali-quantitativo retroanalítico combinado ao enfoque diacrônico prospectivo, baseado na associação das técnicas de revisão documental e análise de conteúdo, envolvendo as fases sucessivas de montagem do esquema operacional, execução da estratégia de busca, aplicação de critérios, seleção de estudos, extração e processamento de dados, implementação do plano de análise e formulação final. A consecução adequada dos procedimentos aplicados permite obter e discutir a identificação de três principais cenários: Eliminação da doença enquanto Problema de Saúde Pública (Doença Negligenciada); Aspectos Terapêuticos (Resistência; Recidiva; Não aderência; Persistência) e Complexidade (complicações e incapacidades físicas). As conclusões atingidas indicam, principalmente, que as realidades do controle atualmente vigente da hanseníase sob poliquimioterapia, continuam precisando ainda serem manejadas com rigor, inclusive por terem alcançado apenas uma fração fragmentária dos doentes atendidos, os quais, por sua vez, também correspondem a apenas um segmento do conjunto de pessoas acometidas.

Hanseníase; Controle; Quimioterapia combinada; Doença negligenciada; Política Social; Avaliação de Deficiência


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