Buscou-se avaliar as associações entre grupos ocupacionais, importante preditor da posição social, e uma boa qualidade de vida dos brasileiros. Trata-se de um estudo transversal baseado em dados obtidos em um survey de base populacional realizado no Brasil no ano de 2008. Foram analisados 12.423 brasileiros com idade superior a 20 anos. Os desfechos de qualidade de vida física e mental foram mensurados por meio dos componentes sumários do instrumento validado SF-36. Tanto a qualidade de vida física quanto a mental tiveram seus escores agrupados em "acima" e "abaixo da média" para configurar desfechos binários. Foi realizada regressão logística a fim de analisar o impacto da posição ocupacional nas chances de qualidade de vida física e mental acima da média, controlando por variáveis sociodemográficas e de saúde. Resultados apontaram que indivíduos inseridos no mercado de trabalho apresentam maiores chances de uma boa qualidade de vida física e mental mesmo controlando por outras variáveis.
Qualidade de vida; Classe social; Condições sociais; Ocupações; Desigualdades em saúde; Modelos logísticos; Epidemiologia; Ciências sociais