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Excesso de peso e fatores associados em menores de cinco anos em populações urbanas no Brasil

Objetivos:

Estimar a prevalência de excesso de peso em menores de cinco anos em famílias urbanas e investigar fatores associados.

Métodos:

Estudo transversal de base populacional realizado nas cinco regiões do Brasil, com uma amostra de 6.397 crianças. Foram utilizadas as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde de 2006 e consideradas com excesso de peso crianças com escore Z maior que dois desvios-padrão de peso para a altura. As seguintes variáveis foram investigadas: renda familiar per capita, escolaridade materna, cor, idade, sexo, número de irmãos, peso no nascimento e duração de aleitamento materno exclusivo. Foram comparadas as proporções com o teste do χ2 e calculadas as razões de prevalência. Para a análise ajustada foi utilizada a regressão logística.

Resultados:

A prevalência de excesso de peso foi de 12% e, após ajuste, foi significativamente maior no sexo masculino (p = 0,030) e inversamente proporcional à idade da criança (p = 0,032). As crianças brancas apresentaram uma prevalência de excesso de peso 22% maior do que as não brancas. Foi verificada uma associação linear direta entre o peso de nascimento e o excesso de peso atual (p = 0,000). Crianças que foram amamentadas até 120 dias apresentaram uma prevalência 34% maior de excesso de peso quando comparadas às que mamaram por mais de 120 dias.

Conclusões:

A prevalência de excesso de peso foi maior no sexo masculino, em crianças menores de um ano, brancas, com peso de nascimento maior que 3.500 gramas e que foram amamentadas exclusivamente até 120 dias.

Sobrepeso; Obesidade; Criança; Prevalência; Inquéritos demográficos


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