OBJETIVO:
Sintetizar as evidências acerca dos fatores associados à manutenção da capacidade de trabalho durante o processo de envelhecimento.
MÉTODOS:
Foram consultadas as bases de dados SciELO, LILACS e PubMed, buscando-se estudos em português, inglês e espanhol publicados no período de 2000 a 2013. Os descritores utilizados abarcaram termos relacionados à capacidade para o trabalho, envelhecimento e idosos. Foram incluídos estudos observacionais quantitativos, que investigaram a capacidade laboral e o efeito do envelhecimento. Foram excluídos estudos interessados em analisar curso clínico de doenças relacionadas ao envelhecimento e/ou trabalho e publicações sob a forma de editoriais, entrevistas, projetos, notas clínicas e dados preliminares ou conceituais.
RESULTADOS:
Obteve-se um total de 924 artigos, sendo que 27 foram incluídos na análise e em seguida dois estudos de intervenção e oito repetidos foram excluídos. As variáveis que apresentaram correlações negativas com a capacidade para o trabalho foram idade, tabagismo, tempo de serviço e demanda física na atividade ocupacional. A satisfação com a vida, renda suficiente, prática de atividade física, voluntariado e demanda mental de trabalho foram considerados associações positivas que protegem os idosos da perda funcional.
CONCLUSÃO:
O trabalho foi relatado como mecanismo de proteção contra a depressão, incapacidade e fragilidade, mantendo o bem-estar, bom nível cognitivo e independência nas atividades diária. São necessários maiores investimentos na saúde dessa população no que diz respeito à capacidade musculoesquelética e cardiorrespiratória e a prática de atividade física deve ser encorajada por políticas de incentivo à promoção da saúde.
Capacidade para o trabalho; Avaliação da capacidade para o trabalho; Índice de capacidade para o trabalho; Trabalhadores; Idoso; Envelhecimento