INTRODUÇÃO:
A epidemia de AIDS deu visibilidade à incidência de tuberculose, por ter sido a infecção oportunista mais frequente nesses casos. Sabe-se que os indivíduos socialmente vulneráveis são mais suscetíveis à transmissão do HIV e também à tuberculose.
OBJETIVO:
Realizar um estudo geoepidemiológico sobre HIV/AIDS, coinfecção AIDS-tuberculose e vulnerabilidade social.
MÉTODO:
Trata-se de estudo ecológico com uso de coeficientes de incidência e do índice de desenvolvimento humano para produzir mapas temáticos e uma análise de epidemiologia descritiva. Foram utilizados os registros de notificação de casos de HIV/AIDS de 1982 a 2007. Foram considerados casos de AIDS-tuberculose os registros que tinham o diagnóstico positivo para tuberculose e aqueles que tinham diagnóstico ignorado para tuberculose, mas apresentavam sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse, caquexia e astenia).
RESULTADOS:
Os mapas permitiram identificar regiões com diferenças sociais e diferentes padrões de incidência de HIV/AIDS e de AIDS-tuberculose. As diferenças regionais assemelham-se às encontradas por Josué de Castro, em 1940. As regiões com índice de desenvolvimento humano alto apresentaram alta incidência de HIV/AIDS e de AIDS-tuberculose.
CONCLUSÃO:
A prevenção da infecção pelo HIV deve ser geograficamente específica, dadas as diferenças socioeconômicas e culturais. Apesar de os registros oficiais mostrarem declínio da coinfecção AIDS-tuberculose, o tratamento dos casos de HIV/AIDS deve constatar a ocorrência de doenças oportunistas, que deveriam ser notificadas e/ou atualizadas.
Síndrome da imunodeficiência adquirida; Tuberculose; Desenvolvimento humano; Sistemas de informação em saúde; Determinantes sociais; Geoepidemiologia