OBJETIVOS:
Estimar os riscos de óbito e readmissão de idosos com alta por fratura proximal do fêmur nos hospitais do sistema público de saúde; conhecer as causas desses desfechos e comparar as taxas de mortalidade e readmissão com aquelas observadas na população de idosos atendidos pelo sistema público de saúde no município do Rio de Janeiro.
MÉTODOS:
Foram obtidos os óbitos e as readmissões por meio do linkage dos bancos de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do município do Rio de Janeiro dos anos de 2008 a 2011. A população foi composta de 2.612 idosos com internação não eletiva por fratura proximal do fêmur, acompanhados por um ano após a alta.
RESULTADOS:
A taxa de readmissão em um ano, com a exclusão dos óbitos nesse período, foi de 17,8% e a taxa de mortalidade independente de readmissão foi de 18,6%. As causas mais frequentes de óbitos foram as doenças do aparelho circulatório (29,5%). Quase 15% das causas das readmissões foram complicações cirúrgicas. Os hospitais estaduais apresentaram menores riscos de readmissão e maiores riscos de mortalidade comparados com os hospitais de outras esferas. Foi observado excesso de risco de mortalidade e de internação da população de estudo quando comparada com a população idosa atendida nos hospitais do Sistema Único de Saúde do município.
CONCLUSÃO:
A internação por fratura proximal do fêmur causa desfechos indesejados para o idoso, como readmissões e óbitos. Boa parte desses desfechos poderia ser prevenida a partir de ações previstas na Política Nacional da Saúde do Idoso.
Readmissão do paciente; Idoso; Mortalidade; Fraturas do fêmur; Envelhecimento; Saúde Pública