INTRODUÇÃO:
A população quilombola está sujeita a inúmeros fatores de vulnerabilidade social, mas poucos estudos investigam suas condições de saúde física ou mental.
OBJETIVOS:
Investigar os fatores associados à depressão para homens e mulheres.
METODOLOGIA:
Estudo populacional, transversal, com 764 participantes selecionados aleatoriamente em 5 comunidades quilombolas de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. A depressão foi definida por ≥ 10 pontos avaliados pela escala Patient Health Questionnaire (PHQ-9) e presença de 5 ou mais sintomas. Estimou-se a razão de prevalência, com intervalo confiança de 95% por meio de regressão de Poisson com estimadores robustos, estratificada por sexo.
RESULTADOS:
Para os homens, os fatores associados à depressão foram diagnóstico prévio de doença crônica, autoavaliação de saúde ruim/muito ruim e acesso ruim aos serviços de saúde. Para as mulheres, os fatores associados foram diagnóstico prévio de transtorno psiquiátrico, autoavaliação de saúde ruim/muito ruim, histórico de tabagismo e se autodeclarar como não negra.
CONCLUSÃO:
Os fatores associados à depressão diferem entre homens e mulheres e precisam ser considerados nas intervenções para combater a depressão nessa população.
Depressão; Fatores sexuais; Associação; Saúde da população rural; Diagnóstico; Saúde pública