Resumo:
Objetivo:
Analisar o perfil de dez doenças crônicas não transmissíveis investigadas na Pesquisa Nacional de Saúde realizada no Brasil em 2013 e sua associação com a autoavaliação da saúde.
Métodos:
Estudo transversal de base populacional e abrangência nacional com 60.202 indivíduos com 18 anos ou mais. Foi utilizado processo amostral por conglomerado com três estágios de seleção: setor censitário, domicílio e indivíduo. Calculou-se a prevalência das doenças crônicas e os intervalos de confiança de 95% por idade, sexo e escolaridade, a idade média do primeiro diagnóstico e a proporção de limitação das atividades habituais. Para testar a associação com a autoavaliação de saúde, utilizou-se o procedimento de regressão logística ajustada por sexo e idade.
Resultados:
As doenças mais prevalentes foram hipertensão arterial (21,4%), depressão (7,6%), artrite (6,4%) e diabetes mellitus (6,2%). Indivíduos com diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC) referiram maior limitação das atividades habituais (38,6%). Observou-se um gradiente na prevalência segundo idade e escolaridade, e todas as doenças foram mais frequentes entre as mulheres. Pior autoavaliação de saúde foi encontrada entre aqueles com diagnóstico de AVC (OR = 3,60; valor de p < 0,001) e nos que referiram duas doenças (OR = 5,53; valor de p < 0,001) ou três ou mais doenças (OR = 10,86; valor de p < 0,001).
Conclusões:
Por se tratar de doenças associadas a fatores de risco modificáveis, a prevenção com foco populacional é a melhor estratégia para redução da carga dessas doenças.
Palavras-chave:
Doença crônica; Autoavaliação; Estudos transversais; Inquéritos epidemiológicos; Epidemiologia; Brasil.