RESUMO:
Introdução:
A atividade física no Brasil é avaliada pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL).
Objetivo:
Avaliar a reprodutibilidade e a validade dos indicadores de atividade física do VIGITEL.
Métodos:
Para o estudo de reprodutibilidade, 305 indivíduos em Belo Horizonte responderam a entrevistas do VIGITEL repetidas com intervalos de 7 a 15 dias, em 2013. Os indicadores avaliados foram “suficientemente ativos no lazer”, “ativos no deslocamento”, “inativos em quatro domínios da atividade física” (lazer, trabalho, transporte e atividades domésticas) e “assistir TV por longos períodos”. O Coeficiente Kappa (k) foi utilizado para medir concordância entre as entrevistas. Para a validade, os participantes responderam também o Questionário Global de Atividade Física (GPAQ), método de referência para a comparação dos indicadores VIGITEL. A comparação foi avaliada por sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN).
Resultados:
A reprodutibilidade mostrou concordância substancial para os indivíduos ativos no lazer (k = 0,70) e inativos (k = 0,64). A concordância do hábito de assistir TV foi moderada (k = 0,56) e o deslocamento mostrou concordância regular (k = 0,35). No estudo de validade, a sensibilidade variou de 54,8 a 67,7 na frequência de inativos e ativos no lazer, respectivamente. O deslocamento foi representado por 11,9 de sensibilidade. A especificidade variou de 72,0 a 91,2 nos quatro domínios da atividade física e inativos.
Conclusão:
O questionário de atividade física utilizado pelo Sistema de Vigilância parece ser confiável em todos os domínios, exceto nas questões de deslocamento. O VIGITEL foi comparável ao GPAQ na maioria dos aspectos da atividade física.
Palavras-chave:
Atividade motora; Reprodutibilidade dos testes; Validade dos testes; Questionários; Eficiência; Epidemiologia