RESUMO:
Objetivo:
Verificar a associação entre condições demográficas e socioeconômicas com a aptidão física e a prática regular de exercícios físicos supervisionados em participantes de projetos comunitários, possibilitando investigar se a adoção de um estilo de vida ativo depende apenas da escolha pessoal ou sofre influência de fatores socioeconômicos.
Métodos:
213 indivíduos com idades acima de 50 anos com informações sobre condição socioeconômica (idade, sexo, escolaridade/anos de estudos e renda); nível habitual de atividade física; e aptidão física por meio de testes motores que permitiram o cálculo do Índice de Aptidão Funcional Geral (IAFG).
Resultados:
O modelo linear generalizado de comparação de grupos evidenciou que os participantes classificados nos grupos de IAFG mais elevado (bom e muito bom) apresentaram maiores escolaridade e renda (p < 0,05). O modelo de regressão linear complementa a análise anterior, evidenciando a magnitude da modificação da pontuação do IAFG na associação com os anos de estudos (grupo ≥ 15), a renda (todos os grupos) e a idade (p < 0,05). Pela Análise de Variância, verificou-se diferença entre os grupos e, com isso, associação entre maior tempo de prática de exercícios (> 6 meses) com a escolaridade e a renda; entre os grupos com prática de exercícios igual ou superior a seis meses, o grupo supervisionado apresentou os melhores resultados no IAFG (p < 0,05).
Conclusão:
A associação entre as variáveis fortalece a hipótese de que a adesão e manutenção da prática de exercícios podem não ser dependentes apenas da escolha do indivíduo, mas também de fatores socioeconômicos que podem influenciar a escolha pelo estilo de vida ativo.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Escolaridade; Estilo de vida; Exercício; Renda; Estilo de vida sedentário