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Risco espacial de óbito de pacientes com aids em Campinas, São Paulo, Brasil

RESUMO:

Objetivo:

O estudo teve como objetivo analisar o risco espacial de mortalidade por aids em setores censitários de município brasileiro de grande porte.

Método:

Foram estudadas três coortes retrospectivas de indivíduos notificados por aids e residentes no município de Campinas, São Paulo, nos períodos de 1980 a 1990 (coorte 1), 1996 a 2000 (coorte 2) e 2001 a 2005 (coorte 3), a fim de identificar a ocorrência do óbito. Foi ajustado um modelo semiparamétrico Bayesiano, empregando o método de Aproximação de Laplace Aninhada e Integrada (INLA), que permitiu obter mapas de risco de óbito nas três coortes estudadas.

Resultados:

A incidência de óbito nas coortes 1, 2 e 3 foram, respectivamente, 72,73; 32,21 e 13,11%. Os mapas de risco de óbito apontaram tendência de queda da mortalidade e evidenciaram os setores que apresentaram maior e menor risco em cada período. O modelo mostrou que, nas três coortes, os fatores associados ao maior risco de óbito foram: ser do sexo masculino e possuir idade de diagnóstico superior a 49 anos. A orientação homossexual/bissexual foi associada ao menor risco de morrer.

Conclusões:

Mesmo diante da diminuição do risco de morte por aids nos últimos anos, após o acesso à terapia antirretroviral altamente ativa, a maior incidência se concentra entre os mais pobres nas três coortes estudadas. Os mapas e o fatores de risco obtidos orientam possíveis ações e monitoramento da doença no município.

Palavras-chave:
Aids; Mortalidade; Terapia antirretroviral; Análise de sobrevida

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