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A importância da vigilância de casos e óbitos e a epidemia da COVID-19 em Belo Horizonte, 2020

RESUMO:

Objetivos:

Descrever as ações realizadas pela vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte para enfrentamento da epidemia de COVID-19 e avaliar a oportunidade para detecção precoce da transmissão da doença no período compreendido entre 1º de janeiro e 24 de abril de 2020.

Métodos:

Foram identificadas as fontes de informação utilizadas pela vigilância epidemiológica do município para a COVID-19 e analisadas a distribuição temporal e a oportunidade para detecção dos casos confirmados da doença.

Resultados:

A vigilância epidemiológica do município utiliza fontes de notificações ambulatoriais, hospitalares, de laboratórios públicos e privados, além de busca ativa com cruzamento de dados laboratoriais na investigação de óbitos suspeitos, sendo os casos confirmados de COVID-19 informados em sistemas de informação oficiais. Foram notificados 1.449 casos internados, sendo o primeiro caso detectado no fim de fevereiro de 2020. Do total de 1.025 amostras laboratoriais de casos internados após a semana epidemiológica 8, confirmaram-se 87 casos (8,5%) por COVID-19. A mediana de tempo entre o início dos sintomas e a liberação dos resultados laboratoriais foi de 12 dias.

Conclusão:

A vigilância epidemiológica utiliza várias fontes de dados para monitoramento e análise da transmissão da COVID-19. A oportunidade para detecção de casos da doença está comprometida pela demora na liberação dos resultados laboratoriais, sendo um desafio para a vigilância.

Palavras-chave:
COVID-19; Vigilância epidemiológica; Estudos de Avaliação; Epidemia

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