O modelo proposto formaliza uma preocupação que se encontra cada vez com mais freqüência na literatura, a saber, a de que trabalhadores que não têm acesso a condições adequadas de capacitação, saúde e motivação tendem a aprender menos, reduzindo a velocidade de inovação em produtos e processos na firma. Na medida em que a competitividade internacional repousa crescentemente na inovação e/ou na imitação rápida de tecnologia, um nível baixo de desenvolvimento humano implicará oportunidades de crescimento perdidas. Assim, o modelo assume que, até certo valor crítico do salário real, aumentos de salário real produzem aumentos de competitividade e da taxa de crescimento com equilíbrio externo, tornando compatíveis o crescimento econômico e a distribuição da renda, inclusive num contexto de abertura e de intensa concorrência internacional.
crescimento econômico; competitividade internacional; tecnologia e comércio internacional