O objetivo deste trabalho é testar a hipótese clássico-marxiana de ligação causal entre a taxa de lucro e a taxa de acumulação de capital para um conjunto de 20 países da OCDE. A metodologia utilizada baseia-se no procedimento proposto por Toda e Yamamoto (1995) para testar a hipótese de não causalidade de Granger. A especificação de teste empregada, derivada a partir da equação de Cambridge, envolve três variáveis: a taxa de lucro, a taxa de acumulação e a taxa de investimento. A consideração da variável investimento permite comparações entre as tradições clássico-marxiana e pós-keynesianas. Os resultados para a Austrália, a Dinamarca, os eua, a Finlândia e a Irlanda são consistentes com a concepção clássico-marxiana. Por outro lado, os resultados para o Canadá, a Coreia do Sul, a Grécia e a Suécia são parcialmente consistentes com a tradição pós-keynesiana.
taxa de lucro; taxa de acumulação; causalidade de Granger