Esse artigo procura retratar o desenvolvimento da literatura empírica, em comércio internacional, sobre os determinantes das exportações e produtividade aplicada ao caso brasileiro. Para isso, discute sob a perspectiva dos modelos de comércio para firmas heterogêneas, alguns dos principais resultados da literatura internacional e nacional relativos às hipóteses de custos de entrada e histerese nas exportações, autosseleção para exportações e aprendizado pelas exportações, além da relação entre liberalização comercial e produtividade das firmas. Em termos gerais, o trabalho conclui que a literatura nacional segue de perto os resultados apresentados pela literatura internacional. Esses resultados favorecem a aceitação das hipóteses de histerese, de autosseleção e aprendizado pelas exportações. Porém, indica que dificilmente ocorreu para o caso brasileiro o fenômeno de realocação industrial, teoricamente considerado pela literatura, e seus consequentes impactos sobre a evolução da produtividade da indústria brasileira.
modelos de comércio com competição Imperfeita e economias de escala; firmas heterogêneas; produtividade; histerese em comércio internacional