Em um contexto de profundas transformações na economia e no mercado de trabalho, o objetivo deste trabalho é analisar as relações entre a dinâmica da estrutura de ocupações e da distribuição de rendimentos no Brasil nos anos 2000. Primeiramente, verifica-se em que medida a prevalência de ocupações pouco qualificadas e de baixa remuneração contribui para o elevado estágio de exclusão e desigualdade do país. Verifica-se ainda como as mudanças na composição e nos rendimentos dos principais grupos ocupacionais contribuíram para o crescimento da renda e a redução da desigualdade no Brasil. Os resultados destacam a importância da estrutura ocupacional para compreensão das extremas diferenças socioeconômicas existentes no país.
Estrutura ocupacional; ocupações; mercado de trabalho; desigualdade