O artigo investiga a noção do brincar no pensamento do psicanalista inglês Donald W. Winnicott no contexto amplo de sua obra e principais conceitos. O texto aborda a noção de transicionalidade, a noção de espaço potencial e a noção de tempo. O relacionamento mãe-bebê é estudado e o jogo que aí se dá torna-se referência para o pensamento sobre a clínica e sobre a própria prática clínica. O artigo oferece uma contribuição à compreensão da novidade epistemológica do pensamento de Winnicott, comparando-o a outros momentos do pensamento científico atual. Mostra como a sessão analítica winnicottiana é viva e alegre, visa a integração e espontaneidade do self e carrega uma radical visão do que seja a psicopatologia humana.
Winnicott; o brincar; sessão analítica; epistemologia