Freud colocou o processo de identificação na gênese do aparelho psíquico. Enquanto conceito, porém, ele é marcado por alguns paradoxos. Este artigo se propõe a formalizar tais impasses, assim como a necessária vinculação, no texto freudiano, do conceito de identificação com o fenômeno da culpa. Em seguida, serão levantadas algumas situações contemporâneas nas quais, aos olhos da psicanálise e do sistema jurídico, essa vinculação (identificação-culpa) tem sido colocada em questão.
Identificação; culpa; ética; moral; direito