Procura-se articular o que Freud denominou "mal-estar na civilização" às psicopatologias contemporâneas, examinando-se a relação da incidência do pânico com as modalidades subjetivas emergentes. Diante do deslocamento da ordem paterna como referencial central, o desamparo do sujeito contemporâneo tornou-se agudo. Na tentativa de proteção contra o desamparo, o sujeito pode fazer uso de modalidades subjetivas que privilegiam o masoquismo. O pânico seria efeito do desamparo na contemporaneidade, uma forma de padecimento em que está em jogo o masoquismo como figura da servidão.
Pânico; desamparo; subjetividades emergentes; psicopatologias contemporâneas; masoquismo