Pretende-se alinhavar uma compreensão teórica da análise de um sujeito compulsivo da atualidade. As subjetividades contemporâneas sofrem de adversidades da criação de si, para além da dinâmica das representações, entre o recalcado e o sintoma. A compulsão é uma tentativa malograda de inscrição pulsional e somente o paradoxo da afetação transferencial - ao mesmo tempo, afetar e ser afetado - contribuiria para o desvio do gozo. Para além da interpretação do que o analisante não diz, trata-se da possibilidade de acolhimento do que jamais poderia ser dito, mas apenas sentido.
Criação de si; afeto; paradoxo