O presente trabalho é uma interrogação à teoria psicanalítica acerca das ressonâncias do traumatismo na função psíquica da memória, a partir da leitura das obras de Sigmund Freud, Sandor Ferenczi, Nicolas Abraham e Maria Torok. Sustenta-se que o traumático subverte o registro psíquico dos acontecimentos. A imagem paradoxal do trauma enquanto avesso da memória espera oferecer uma figurabilidade a esta subversão, indicando a alteração no direcionamento dos investimentos psíquicos.
Psicanálise; trauma; memória; investimento psíquico