Pretende-se demonstrar como a matriz primeira de interpretação freudiana da religião - baseada na crítica aos elementos imaginários que compõem o quadro da adesão religiosa - é suplantada por Freud com a escrita de Moisés e o monoteísmo em 1939. É a leitura deste ensaio que nos permite perceber a presença do real na genealogia da religião. O sentimento de desamparo vinculado à experiência de satisfação foi alvo de nossa investigação, fornecendo subsídios que confirmaram a presença de outros elementos além dos imaginários no fenômeno religioso.
Religião; ilusão; desamparo; real; Moisés