A proposta do presente artigo é trazer a possibilidade de uma língua-objeto no discurso publicitário como modo de apreender e discutir as consequências atuais da incidência do discurso do capitalismo sobre a subjetividade. Situando-nos em relação ao que podemos apontar como uma alteração histórica da relação do sujeito com a língua e com o Outro, propomos, sob o termo "língua-objeto", que a cadeia de significantes foi transfigurada em cadeia de objetos de consumo. Essa alteração se dá a ver pela existência de uma cultura que enaltece, dá abrigo ao eu dos sujeitos e não à singularidade do desejo, numa promoção social do gozo autoerótico e mercadológico, estritamente correlatos.
Gozo; consumo; publicidade; objeto a; sujeito do capitalismo