Resumo:
Aborda-se a formulação lacaniana de que, em Schreber, houve um momento de 'morte do sujeito' que permitiu a construção do delírio estabilizador. Se o advento do sujeito é tributário da 'morte da coisa' perpetrada pelo significante, Lacan fala aqui da psicose, constituída pela não simbolização da castração. Discute-se a noção de 'segunda morte', forjada a propósito de Sócrates, de Antígona e do Cotard, e a Bejahung como afirmação primordial que inclui a negatividade. Conclui-se que a 'morte do sujeito' pode ser uma abertura para a representação ou um limite real para o psicótico, expondo às passagens ao ato e evoluções demenciais.
Palavras-chave:
Psicanálise; simbólico; psicose; sujeito; delírio.