Resumo:
Analisa-se o grafo do ato analítico apresentado por Lacan no Seminário XV, a partir do grupo matemático de Klein e da interpretação particular de Lacan da filosofia cartesiana. Apresenta-se inicialmente a leitura lacaniana do cogito cartesiano no Seminário XI, para pontuar as alterações encontradas em sua releitura efetuada em 1967. Apresenta-se o esquema de Klein, proposto pelo matemático Barbut, no qual se inspirou Lacan, e discute-se em seguida as operações nele designadas como: operação alienação, operação verdade e operação transferência. Demonstra-se como Lacan se apropriou deste esquema, relacionando-o ao percurso da análise e articulando-o sempre aos termos cartesianos encontrados no comentário sobre o cogito: ser e pensamento.
Palavras-chave:
psicanálise; grafo do ato analítico; cogito cartesiano; percurso da análise.