Resumo:
Um projeto de paternidade conjugal se vê por vezes impedido em razão de esterilidade ou de hipofertilidade, conduzindo assim o casal a iniciar o processo de uma adoção. Nesse contexto, tornar-se pai toma vias pouco habituais, o que alimenta um imaginário partilhado do qual emerge toda uma cadeia de representações e sonhos em torno do filho adotivo. Propomos, neste artigo, uma reflexão atrelada à exploração das questões psíquicas conjugais e familiares mobilizadas quando de uma filiação adotiva, ocorrida na França. Trata-se de pensar como, "entre mito e realidade", se organiza a construção do laço entre pais e filhos.
Palavras-chave:
adoção; mito; criança salvadora-salva; família.