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O autômato: uma figura da paixão * * Este artigo é uma parte da Tese de Doutorado “Pontos obscuros da retina: Feminino em loucuras passionais” (2013), defendida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP, sob orientação do Prof. Dr. Luís Cláudio Figueiredo.

Resumo:

Neste artigo, propõe-se realizar uma apresentação crítica do conto, O homem da areia, de E.T.A. Hoffman, inserido no universo psicanalítico por Freud, em 1919, em Das Unheimliche. Este estudo apresentará aquele material literário, verificando a complexidade narrativa e a riqueza de elementos que o compõem. Em seguida, examiná-lo sob o ângulo da paixão, precisamente, como uma narrativa acerca da experiência de uma loucura passional que culmina numa tragicidade daquela natureza. Propõe-se conceber o mecanismo psíquico da alienação como intrínseco ao fenômeno do automatismo, próprio de um estado passional. É possível estabelecer tal processo, tanto nas modulações discursivas do texto, como na constituição dos personagens, mais propriamente em Natanael e Olímpia. A partir desta perspectiva, evidencia-se o autômato como uma figura da paixão.

Palavras-chave:
autômato; Das Unheimliche; loucura passional; alienação; narrativa.

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