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O OLHAR E A PROVA DO ESTRANGEIRO

Resumo:

O que poderia causar um sentimento de estranheza maior, ao ser humano, do que seu inconsciente que lhe mostra os limites de sua capacidade de ver e dizer? Esse artigo procura demonstrar que o estrangeiro não está apenas inscrito no olhar, um olhar que não se restringe ao visível, mas que se encontra no âmago do sujeito. Sua irrupção, a cada evento ocasional, inclusive ao mudar de país, confronta o sujeito com o que o divide e se torna um enigma para ele. Esse enigma representa uma verdadeira prova que mobiliza a subjetividade do indivíduo e a necessidade de um recurso singular para lidar com ele. Essa prova não revela necessariamente uma psicopatologia. Ela pode dar origem à inventividade, como mostram as experiências artísticas e iniciáticas. Para embasar a sua abordagem, a autora toma, como ponto de apoio e como horizonte, os conhecimentos da psicanálise, principalmente a contribuição freudiana.

Palavras-chave:
estrangeiro; olhar; inconsciente; despersonalização; inventividade; experiência iniciática

Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Instituto de Psicologia UFRJ, Campus Praia Vermelha, Av. Pasteur, 250 - Pavilhão Nilton Campos - Urca, 22290-240 Rio de Janeiro RJ - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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