RESUMO:
Este artigo visa discutir - na interlocução entre psicanálise, história da arte e filosofia - as origens e os efeitos da veiculação de cenas violentas através dos meios de comunicação de massa. Debruçando-se sobre a obra de Caravaggio e a profusão de imagens violentas transmitidas pelos noticiários de televisão contemporâneos, busca-se demonstrar como a cultura tenta dominar o potencial traumático das imagens de violência extrema através de narrativas que interpretam e contextualizam tal cena. No entanto, a modernidade é um processo destruidor de narrativas, o que ocasionou o fracasso contemporâneo de dar sentido e, assim, dominar o traumático, que, por conta deste fracasso, se repete compulsivamente.
Palavras-chave:
psicanálise; imagem violenta; trauma; narrativa; modernidade