RESUMO:
A clínica da intervenção precoce nos leva a questionar as nuances sintomatológicas entre os sinais de risco de autismo e os da depressão no bebê. Partindo-se do conceito freudiano que associa a depressão à perda do objeto, como se poderia pensar sobre o quadro depressivo no caso dos bebês que estão em processo de construção de sua relação objetal? Em ambos os casos, trata-se de um desencontro no arranjo pulsional do laço mãe-bebê, embora com características distintas, vivenciadas, sobretudo, por meio da relação contratransferencial com o analista. A partir da exposição de dois casos clínicos, discute-se em quais aspectos o retraimento relacional autístico e o depressivo do bebê convergem e se diferenciam.
Palavras-chaves:
autismo precoce; depressão do bebê; intervenção precoce; psicanálise da díade mãe-bebê