RESUMO:
O objetivo deste artigo é apresentar em linhas gerais de que maneira a psicose é diagnosticada e tratada pela psicoterapia institucional. Partiremos da tese de doutorado de Tosquelles, na qual a psicose é pensada como fenômeno existencial comparável à experiência de fim de mundo. Trata-se aqui de salientar a importância da compreensão da experiência do doente e de sua elaboração criativa no desenvolvimento do quadro psicótico. Em seguida, analisaremos de que maneira Oury une a teoria de Tosquelles à psicanálise para desenvolver uma clínica multirreferencial e polifônica. No interior desse quadro teórico e prático, buscaremos traçar a inflexão política que Guattari dará à experiência clínica da psicoterapia institucional.
Palavras-chave:
esquizofrenia; psicose; instituição; transversalidade; subjetividades