Resumo:
Entendendo a monogamia como dispositivo contingencial, analisa-se sua capacidade de influenciar os processos de constituição da identidade e as formas de identificação dos sujeitos. A partir das elaborações de Heinz Lichtenstein sobre as origens da identidade humana, incluímos a monogamia, ou alguns traços presentes neste arranjo, na unidade mãe-bebê, supondo que o estatuto hegemônico da monogamia revela algo de sua ligação com a situação antropológica fundamental descrita por Laplanche. Assim, traços do arranjo monogâmico seriam transmitidos à criança em seu estado de “órgão” da mãe e, enquanto pontos constitutivos da identidade, seriam compulsivamente repetidos com o objetivo de manter a coesão desta identidade.
Palavras-chave:
monogamia; identidade; repetição; Lichtenstein; Laplanche