OBJETIVO: avaliar a ocorrência de cárie dentária e necessidades de tratamento em crianças com paralisia cerebral atendidas no setor de Odontologia de um centro de referência do Nordeste do Brasil (Associação À Criança Deficiente; Recife-Brasil); e conhecer suas principais dificuldades no acesso ao tratamento odontológico. MÉTODO: a amostra foi composta por livre demanda de 167 pacientes de seis a 12 anos. A experiência de cárie foi avaliada de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. RESULTADOS: a grande maioria das crianças (70,7%) apresentava paralisia cerebral do tipo espástica. Dos que tiveram dificuldades no acesso ao tratamento (46,1%), a maioria relatou a falta de profissional capacitado (34,1%). A prevalência de cárie foi de 61,1% na dentição decídua e 26,3% na permanente. Aproximadamente 60% dos pesquisados necessitavam de algum tipo de tratamento da cárie. Observou-se que, em comparação com estudos realizados em outras regiões do Brasil, as crianças pesquisadas apresentaram experiência de cárie mais elevada. CONCLUSÃO: verificou-se a necessidade de melhorar a assistência odontológica a esses pacientes, principalmente no interior do estado, de forma quantitativa, qualitativa e integrada com ações multidisciplinares.
Paralisia Cerebral; Criança; Cárie Dentária; Acesso aos Serviços de Saúde