OBJETIVO:
comparar o efeito do atendimento fonoaudiológico virtual e presencial a repórteres de telejornal.
MÉTODOS:
oito repórteres receberam acompanhamento fonoaudiológico virtualmente e oito receberam acompanhamento presencial. Para análise foram utilizadas cópias de duas reportagens, de períodos dife rentes (pré e pós- intervenção). As reportagens foram gravadas aos pares, de maneira aleatória quanto à data da exibição/gravação e ao grupo, totalizando dezesseis pares de reportagem. Os materiais, pré e pós-intervenção, foram avaliados por juízes fonoaudiólogos especialistas em voz, cegos quanto ao momento da reportagem. Foram utilizados dois protocolos específicos. Um para avaliação do desempenho na tarefa e de naturalidade dos profissionais e outro para análise auditiva e visual dos parâmetros vocais e interpretativos.
RESULTADOS:
houve melhora no desempenho comunicativo em ambos os grupos na comparação entre o material pré e pós-intervenção. De acordo com os juízes, 61,53% dos repórteres de ambos os grupos passaram a envolver mais o telespectador à notícia no material pós-intervenção e 69,23% passaram a conversar melhor com o telespectador e a transmitir a notícia de forma mais natural. Quanto ao escore do protocolo de análise auditiva e visual, a maioria dos parâmetros do grupo virtual (postura, gestos, expressões, qualidade vocal, pausas e ênfase) apresentou melhora no momento pós-intervenção na comparação com o grupo presencial que apresentou melhora em apenas um parâmetro (pitch).
CONCLUSÃO:
o estudo mostra que tanto o atendimento presencial quanto o virtual promovem a melhora no desempenho vocal e comunicativo dos profissionais de telejornalismo, confirmando a viabilidade e o resultado da modalidade virtual na prática fonoaudiológica.
Voz; Jornalismo; Fonoaudiologia; Telemedicina