OBJETIVOS:
estudar a viscosidade da fórmula de partida espessada para os exames de videofluoroscopia de deglutição após acréscimo de contraste de Bário.
MÉTODOS:
copos de 200 ml de leite foram preparados em três consistências com sete espessantes. A viscosidade média foi verificada com viscosímetro nas temperaturas ambiente e acima de 40ºC, e após acrescentar o contraste de Bário em diluições a 50%, 25% e 12,5%. Os preparados foram expostos à fluoroscopia para obtenção de imagens que foram avaliadas quanto à visualização do preparado nas diferentes consistências, diluições e espessantes.
RESULTADOS:
comparando valores médios em centipoise(cP), observou-se que a viscosidade na consistência pudim foi significantemente menor na temperatura acima de 40ºC do que na temperatura ambiente. Nas consistências néctar e pudim o acréscimo de Bário resultou em mudança significante da viscosidade para mel. Não houve mudança na qualidade das imagens entre as diluições de Bário à 50% e 25%.
CONCLUSÃO:
o acréscimo do Bário resulta em mudanças nos valores de viscosidade que afetaram a consistência do preparado espessado para néctar e pudim. Uma redução da diluição do contraste para 25% não resulta em mudança clinicamente significante na qualidade da imagem. Os achados sugerem a importância da padronização do preparado para a fluoroscopia em relação à viscosidade e diluição do Bário visando garantir a reprodutibilidade do exame, prevenir falhas diagnósticas e otimizar as orientações para modificações da dieta na disfagia orofaríngea infantil.
Deglutição; Transtornos da Deglutição; Bário; Viscosidade; Fluoroscopia